quinta-feira, 17 de março de 2011

A historia dos processadores

O processador é o principal componente do computador, visto que todos os programas são executados através dele. Fazendo uma analogia, a CPU é como se fosse o coração da máquina, pois se ela parar de funcionar, todo o resto para junto. Toda a tecnologia existente nos novos processadores não foi criada do nada, mas sim desenvolvida durante várias décadas. Em outras palavras, muitos recursos existentes na CPU do seu PC já eram utilizados dez, vinte anos atrás.

Por esse motivo, neste artigo vamos fazer uma viagem pelo tempo, observando a evolução dos processadores desde sua origem até os dias de hoje. Começando, vamos abordar o período que não existiam processadores propriamente ditos como conhecemos hoje.

Período anterior ao processador


Como o conceito de processadores somente surgiu em 1970, os computadores das décadas anteriores (40, 50 e 60) utilizavam formas primitivas de processamento comparadas com as atuais Por exemplo, em uma máquina como o Eniac (lançado em 1945), que possuía quilômetros de fios e cabos espalhados por todo lado, os programas não eram executados em um mesmo local. Na verdade, para executar operações diferentes, era necessário trocar cabos manualmente entre conectores distintos. Grande parte do processamento era executado por válvulas e transistores muito primitivos.
Painel do Eniac

No ano de 1960, a IBM lançou o seu “IBM 7030 Stretch”, considerado como o primeiro computador totalmente processado através de transístores, no lugar das válvulas. Seguindo a tecnologia "Batch" , seu usuário poderia incorporar funcionalidades “prontas” ao processador, por meio de circuitos impressos específicos. Por isso ,era muito comum que unidades de processamento fossem compostas de vários componentes físicos.

Com o IBM 360, em 1964, os processadores passaram a usar o conceito de “circuito integrado”, interligando várias operações em um mesmo circuito. Entretanto, eles ainda eram compostos por várias peças distintas, mas em um número muito menor comparado com o 7030 Stretch.
Processadores Modernos

Nos modelos apresentados acima, os processadores ainda não eram compostos por uma unidade central, mas por módulos interconectados entre si. Foi só no início da década de 70 que surgiram as CPUs desenvolvidas totalmente em circuitos integrados em um único chip de silício.

Geração Pré-x86

Intel 4004
O Intel 4004 foi o primeiro processador lançado um único chip de silício. Ele trabalhava com 4 bits, sendo desenvolvido para o uso em calculadoras, operando com o clock máximo de 0.78 Mhz. Esta CPU calculava até 92.000 instruções por segundo ( ou seja, cada instrução gastava 11 microssegundos) . Já em 1974, o 4040 foi lançado também pela Intel, sucedendo o 4004. Em valores absolutos, como o clock e o número de instruções calculadas, ambos modelos possuíam desempenhos semelhantes, contudo, o 4040 incorporou novas tecnologias, como Interrupção de Hardware, aumento significativo do conjunto de instruções e do número de registradores.

Com o sucesso do 4004, a mesma empresa desenvolveu o processador 8008 no ano de 1972, semelhante ao modelo anterior, mas que agora trabalhava com instruções de 8 bits. Seu clock trabalhava na frequência de 0.8 Mhz. Em 1974, a Intel lançou o 8080, que trabalhava com operações de 16 bits usando instruções de 8 bits, com o clock em 2 Mhz, valor bastante alto para época.
Versão X86-32

Como seu nome sugere, x86-32 é arquitetura x86 para 32 bits, utilizada até hoje nos computadores. Em outras palavras, todo processador de 32 bits vendido atualmente roda sobre a arquitetura x86-32 (os de 64 bits rodam sobre a x86-64).
Os famosos 386 e 486

As CPUs 80386 e 80486, lançadas entre o meio e o fim da década de 80, trabalhavam com 40 Mhz e 100 Mhz, respectivamente. O 80386 permitiu que vários programas utilizassem o processador de forma cooperativa, através do escalonamento de tarefas. Já o 80486 foi o primeiro a usar o mecanismo de pipeline, permitindo que mais de uma instrução seja executada ao mesmo tempo no PC.

486DX

Para o 80486, existiram diversas versões, sendo que cada uma delas possuiam pequenas diferenças entre si. Por exemplo, o 486DX era o top de linha da época enquanto o 486SX era uma versão baixo custo.
A guerra entre Intel e AMD


A série de processadores Intel e AMD marcaram época no mundo da informática, através de suas diferentes versões. O primeiro Pentium (Intel), lançado em 1993, apresentava várias melhorias sobre o 80486, principalmente por uso da super escalabilidade, ou seja, a replicação de hardware para que mais instruções fossem executadas ao mesmo tempo. Seu clock inicial era de 100 Mhz, o qual chegou a atingir 200 Mhz com o tempo.
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Em 1995, a Intel lançava o Pentium Pro, que possuía uma série de melhoramentos em relação ao seu antecessor. Paralelamente, a AMD começava a ganhar mercado com modelos similares, principalmente como o AMD K5, forte concorrente do Pentium original.

Dois anos depois, o Pentium II foi lançado, atingindo a marca de 450 Mhz. Nesta mesma época, a AMD desenvolveu CPUs que batiam de frente com a Intel, como o AMD K6. Por esse motivo ambas empresas travaram uma espécie de “corrida armamentista”, como o objetivo de ver quem conseguia o maior desempenho e valor de clock.

A corrida por desempenho a lei de Moore
Em 1965, Gordon Moore, um dos fundadores da Intel, afirmou que o clock dos processadores dobrava a cada 18 meses. Tal afirmação foi conhecida como a Lei de Moore, a qual foi verdadeira durante anos, principalmente no final da década de 90. Sempre que uma empresa lançava um modelo, meses depois a outra lançava outro que o superava. Isso ficou bastante evidente nos anos de 1999 e 2000, quando o Pentium 3 e o AMD Atlhon (K7) estavam guerreando pelo maior clock. Por um período de tempo, a AMD liderou a disputa, pois o Atlhon, que trabalhava com frequências maiores que 1 Ghz, superou o Pentium 3.

A reviravolta da Intel veio com o lançamento do Pentium 4 em 2001, que trabalhava com até com 2 Ghz, voltando ao topo do mercado. As versões de baixo custo dessas CPUs, Celeron (Intel) e Duron (AMD) também disputavam fortemente o lugar mais alto no ranking do processador B mais vendido.

A era multi-core e o fim da lei de Moore

Conforme a tecnologia dos processadores foi progredindo, o tamanho de seus transistores foram diminuindo de forma significativa. Contudo, após o lançamento do Pentium 4, eles já estavam tão pequenos (0.13 micrometros) e numerosos (120 milhões) que tornou-se muito difícil aumentar o clock por limitações físicas, principalmente pelo superaquecimento gerado.


A principal solução para este problema veio com o uso de mais de um núcleo ao mesmo tempo, através da tecnologia multicore. Assim, cada núcleo não precisa trabalhar numa frequência tão alta. Se o esquema de escalonamento de tarefas funcionar de maneira eficiente, é possível trabalhar com quase o dobro do clock. Por exemplo, um processador dual core 1.5 Ghz poderia ter um desempenho semelhante a um single-core de 3 Ghz. Existe um componente chamado escalonador, que determina em qual dos núcleos uma tarefa qualquer será executada. Como o escalonador demora um certo tempo nesta decisão, é quase impossível atingir o dobro de desempenho na prática.

Com o advento do multicore, a lei de Moore caiu por água abaixo, visto que já não era mais possível aumentar a frequência do processador como antes.

O Advento 64 bits


No começo desta década, ficou claro que o uso de 32 bits não seria mais eficiente, visto que somente 4 GB de memória RAM poderiam ser endereçados com essa quantidade de dígitos. Logo, a solução mais natural foi o desenvolvimento de novas arquiteturas que passassem a trabalhar com 64 bits ao invés de 32.

Ambas empresas desenvolveram suas próprias arquiteturas 64 bits, contudo, somente o projeto da AMD (x86-64 AMD64) foi vitorioso, enquanto que o desenvolvido pela Intel (IA-64) foi malsucedido. O principal fato para isso ter acontecido foi porque a AMD evoluiu o AMD64 diretamente do x86-32, enquanto que a Intel tentou criar o projeto direto do zero.

Visto esse acontecimento, as empresas em questão criaram um acordo no uso destas arquiteturas, onde a AMD licenciou a Intel para o uso do x86-64. Por outro lado, a Intel também tornou legal o uso da arquitetura x86-32 pela AMD. Logo, todos os modelos de processadores 64 bits comerciais atuais rodam sobre o x86-64. O AMD Athlon 64 (imagem acima) foi um dos maiores representantes desta arquitetura.




 

Quais as diferenças entre os processadores Intel Core i3, i5 e i7?

A tecnologia avançada na área de hardware possibilita um avanço desenfreado nos processadores, o que faz o usuário ficar cada vez mais perdido em meio a tantas opções e novidades. Você certamente já deve ter ouvido falar ou até mesmo experimentado um computador dotado dos novos processadores da Intel, porém já sabe as diferenças entre os novos modelos da maior fabricante de CPUs?
A equipe do Baixaki decidiu criar um artigo especial para falar um pouco do muito que estes novos processadores têm a oferecer. Este artigo visa abordar de uma forma compreensível as especificações, capacidades e recomendações de uso sobre cada um. Obviamente, o artigo serve para qualquer usuário que esteja buscando conhecimento e informações gerais, mas também é voltado àqueles que pretendem adquirir um novo CPU.

CONHEÇA O INTEL CORE i3

Como todos já devem saber, a Intel lançou três modelos de processadores diferentes. Cada um possui um foco, pois existem usuários com interesses distintos. O Intel Core i3 é a linha de CPUs voltada aos menos exigentes. Por pertencer à nova linha Core, o i3 traz dois núcleos de processamento, tecnologia Intel Hyper-Threading (que possibilita a realização de mais tarefas), memória cache de 4 MB compartilhada (nível L3), suporte para memória RAM DDR3 de até 1333 MHz e muito mais.

O QUE O i3 CONSEGUE REALIZAR?

Tudo o que você quiser. Este processador de dois núcleos mostra-se uma excelente opção para qualquer tipo de atividade. Obviamente ele não é o mais rápido no que faz, mas vai ser muito difícil você encontrar um programa ou jogo que não seja executado com um Intel Core i3.

QUERO COMPRAR UM

Os processadores das linhas Intel Core são lançamentos, portanto quem deseja optar por uma dessas novidades deve preparar o bolso. Caso você tenha interesse em um Intel Core i3, o gasto não é tão absurdo, mas certamente o custo total do computador pode ser desencorajador. Em nossas pesquisas encontramos o Intel Core i3 530 com preço mínimo de R$ 315e o Core i3 540 pode ser adquirido por R$ 380.

O INTEL CORE i5 É O INTERMEDIÁRIO

Enquanto o i3 fica responsável por atender aos usuários menos exigentes, o Intel Core i5 é encarregado de suprir as necessidades do mercado de porte intermediário, ou seja, aqueles mais exigentes que realizam tarefas mais pesadas. Disponível em modelos de dois ou quatro núcleos, os CPUs da linha i5 possuem até 8 MB de memória cache (nível L3) compartilhada, também utilizam o soquete LGA1156, controlador de memória DDR integrado, tecnologia Intel Hyper-Threading, tecnologia Turbo Boost e muito mais.

QUANTO CUSTA?

Se você já achou o Core i3 caro, então se prepare para o valor cobrado pelos processadores da linha i5. Os processadores mais fracos (Intel Core i5 650) da linha i5 têm preços iniciais em R$ 485 e os mais robustos (Intel Core i5 750) chegam a custar aproximadamente R$ 600.

Vale o investimento? Do que o Intel Core i5 é capaz?

Investir tanto num processador e numa placa-mãe pode ser um desperdício de dinheiro em alguns casos. Usuários que vão rodar games de última geração e aplicativos de edição de vídeo talvez nem precisem de um i5. Considerando-se que tais tarefas requisitam muito mais desempenho da placa de vídeo do que poder de processamento do CPU, o gasto pode ser desinteressante.
Claro que se você pode pagar por um Core i5, não há por(espaço)que não investir num processador desses, afinal, ele é capaz de rodar tudo o que você imaginar. Vale frisar que os CPUs desta série não são os mais velozes que existem, portanto sempre haverá um processador capaz de rodar as mesmas aplicações com um desempenho ainda maior.

O mais alto desempenho: Intel Core i7

A última palavra em tecnologia de processamento é o i7. A linha de processadores voltada ao público entusiasta e profissional traz muitos benefícios e especificações de cair o queixo. Todos os CPUs da série Core i7 possuem quatro núcleos (o i7-980X possui seis núcleos), memória cache L3 de 8 MB, controlador de memória integrado, tecnologia Intel Turbo Boost, tecnologia Intel Hyper-Threading, tecnologia Intel HD Boost e ainda o recurso Intel QPI.

Quero um i7 no meu computador!

Realizamos uma pesquisa para averiguar os preços dos processadores da linha Core i7, mas somente de saber o absurdo cobrado pela alta tecnologia qualquer um desanima. O modelo mais simples da série i7 (o i7-860) tem seu preço inicial em R$ 740, enquanto modelos mais robustos como o i7-940 são vendidos por aproximadamente R$ 1650.

É um exagero?

Adquirir um i7 só não é um exagero para quem realmente trabalha com programas que requisitam muito do processador. Jogadores e usuários que procuram um CPU robusto talvez nem devam pensar na hipótese de um i7, porque ele custa muito e não traz benefícios significativos.
A linha de processadores Intel Core i7 é, sem dúvida, a mais potente do momento, contudo um usuário que adquire tal processador está comprando um PC que não precisará de atualização por muito tempo. Como já citado, profissionais devem investir na compra de um i7, porque ele faz toda a diferença na hora de renderizar vídeos e economizar tempo com tarefas banais.